Na história, Carla sofre com distúrbios alimentares que preocupam a todos no fictício colégio Elite Way. Para não fazer feio, a atriz mergulhou numa vasta pesquisa sobre o assunto. Tanto na internet, onde colheu informações e depoimentos de meninas que sofrem com o problema, quanto pessoalmente, visitando pacientes em hospitais. Uma busca que parece ter deixado claro o grau da responsabilidade de abordar o assunto com seriedade ao trabalhar para os jovens. "Minha função é humanizar a personagem, mas não dá para aliviar nesse ponto. As pessoas que enfrentam uma situação assim precisam se tratar. Bulimia e anorexia matam e nem todos os adolescentes estão preparados para lidar com essas doenças de autoestima", avalia.
Para conquistar o papel, Mel participou de uma bateria de testes como todos envolvidos no projeto. Mas um curso técnico em interpretação e a infância cantando e dançando com os pais, que tocam violão, ajudaram na hora das avaliações. Um conhecimento que foi mais bem trabalhado quando, depois de eleita para uma das vagas, passou pelo processo de preparação ao lado dos colegas Chay Suede, Sophia Abrahão, Arthur Aguiar, Lua Blanco e Micael Borges, que interpretam os inseparáveis Tomaz, Alice, Diego, Roberta e Pedro no folhetim. "Foi uma verdadeira submersão de música, dança e interpretação durante quase três meses. Cantávamos, compartilhávamos a nossa vivência e fazíamos improvisações. Tudo isso uniu demais o grupo", valoriza.
Interpretar uma menina seis anos mais jovem passou longe de ser uma preocupação para Mel. "Esse é o meu trabalho: pegar uma realidade que não é a minha e me transformar", justifica. Para isso, a atriz recorreu às lembranças da época de colégio. Principalmente as que têm mais a ver com a fase que os personagens de Rebelde passam. "Talvez se eu interpretasse uma mãe, uma mulher mais velha, fosse um pouco mais complicado. Mas é um período pelo qual eu já passei", explica, sempre transmitindo autoconfiança.
Mel ainda não sabe o que o futuro reserva depois de Rebelde. A novela, aliás, devido aos bons índices de audiência, sempre acima dos dois dígitos, deve ficar no ar até, pelo menos, o primeiro semestre de 2012. Mas a vontade de continuar investindo na televisão é visível no discurso da jovem. "Não é fácil estar onde a gente deseja. Existe um caminho muitas vezes curvilíneo. Mas tenho certeza de que vou sair desse trabalho bem mais preparada do que quando entrei. E que ele vai me abrir portas muito legais no futuro", torce, com um largo sorriso.
Blog TKMCA
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